domingo, 16 de dezembro de 2007

Pequenas diferenças

as diferenças entre "irmãos" às vezes são muito pequenas e estão onde menos esperamos.

esta que vou contar foi caricata!

Um colega meu foi passar o ultimo fim de semana a Lisboa e antes de ir pediu-me indicações de um Hotel que eu recomendasse.
depois de muito pensar cheguei à conclusão que: eu não conheço nenhum Hotel em Lx!
Sei onde ficam alguns, mas não tenho nenhuma referencia se são bons, maus, caros etc. O que até acho que é Normal.. As pessoas nunca conhecem os hotéis das cidades em que vivem.
especialmente porque a minha família tem uma longa tradição de "dar abrigo" aos conhecidos e, como tal, nem por aí poderia ter indicações.

Fazendo jús a essa tradicção decidi emprestar-lhe a minha casa em Lx.

compilei uma série de instruções que achei que lhe seriam úteis:
morada e mapas; truques de estacionamento e como sobreviver à emel, como acender o esquentador e os aquecimentos, como regar as minhas plantas etc.

dei-lhe as chaves e desejei-lhe boa viagem:

às três da manha acordei com um telefonema dele. estava à porta, meio desesperado, e não a conseguia abrir.
perguntava-me qual das fechaduras era (eu nem me lembrava que em 1976 aquela porta teve outra fechadura que ainda lá está).. Magiquei o que se passaria: ter-se-ia ele enganado na morada? no andar? não destingiria ele a Esquerda da Direita? ter-se ia o meu Pai esquecido de uma chave na porta?

não! tive um rasgo e lembrei-me de lhe perguntar:
"- tu estendeste a chave, correcto?
- como?
- essa chave estranha estende..."
poucos segundos depois ouvi uma gargalhada e a porta a abrir...

ele e a namorada passaram 30 minutos as voltas com este problema (como é que nenhum dos meus vizinhos acordou??). Estamos a falar de um Engenheiro perito em sistemas complicadissimos, não é um burro qualquer.

O problema é que em Espanha não existe este tipo de chaves. Posteriormente perguntámos a vários outros colegas e nenhum nunca tinha visto tal coisa. uma chave extensível!!??
Aquelas a que nós estamos habituados, eu pelo menos sim, desde crianças. Que fazem tão parte da nossa normalidade.. que nem consideramos a hipótese de outros não as conhecerem.

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