sexta-feira, 25 de abril de 2008

25 de Abril 1974



é provavelmente o meu dia preferido!
por o que fez pelo meu país, pela forma como o fez, e com quem o fez!

eu ainda não era nascido em 1974, mas já estava dentro da barriga da minha Mãe. Quando vim ao mundo, foi num país onde era livre para pensar como quisesse. isso pode não ser tudo.. mas é o mais importante!

Uma amiga da família, que morava na nossa rua, contava que so se sentiu tranquila nesse dia conturbado quando viu a minha mãe, com uma barriga enorme e 3 filhos pela mão, a subir em direcção à alameda. significava para ela que era seguro.

tenho recordações, desde muito pequeno, de ir ver o desfile à Av. da Liberdade com o meu irmão. e não tenho palavras para descrever o quão me custa este ano não o fazer..

from Wikipedia:
Although government forces killed four people before surrendering, the revolution was unusual in that the revolutionaries did not use direct violence to achieve their goals. The population, holding red carnations (cravos in Portuguese), convinced the regime soldiers not to resist. The soldiers readily swapped their bullets for flowers. It was the end of the Estado Novo, the longest authoritarian regime in Western Europe.

2 comentários:

Unknown disse...

Como sabes, vivo desde pequenino com esse poster nas paredes de minha(s) casa(s). (Estou agora a olhar para ele) Tal como tu não posso dizer que senti na pele os anos de repressão da ditadura. De facto esse poster tem dois significados diversos para mim;
"A poesia está na rua"
Foram aqueles anos em que o meu pai fumava “cachimbo”, a minha irmã e amigos tocavam viola e fumavam ganzas no chão nosso quarto. Foi o tempo dos hippies na avenida de Roma enquanto nós nem idade tínhamos para ser “betinhos”....
O segundo significado vem do facto de o poster ter sido uma oferta para mim do meu avô materno (Álvaro Gueifão Ferreira). O meu avô era pró salazarista. A minha interpretação é que ele ao ver a minha mãe chegar à porta de casa dele na capital do império, vinda das colónias ultramarinas com uma “uma mão à frente e outra a trás”, quis dar algo para não nos esquecermos que nem tudo foram “cravos e prosas” em 74. Ele tinha uma forma de humor muito “british”.

Pato Trabalhador disse...

como sabes desde pequenino que vou à(s) tua(s) casa(s)..

a escolha desta imagem não foi ao acaso..
ainda pensei num cravo vermelho, mas tenho esta imagem muito gravada nas minhas memorias.

Abr!